A declarar

Talvez pra eu ter escrito esse talvez do início do texto foi uma das coisas mais difíceis que já fiz. Não é um texto qualquer. Foi algo pensado. Pensado em nome da minha consciência e do respeito que tenho por todas as pessoas a quem de fato eu quero me dirigir; por todas as pessoas que porventura eu possa ter ofendido, mas sobretudo pra mim mesmo, que preciso precisar minhas palavras e tentar imaginar, sempre, quem pode ler alguns dos textos que eu faço. Melhor: me pôr na posição de quem lê.
Queria eu poder fazê-los entender e mostrar que minhas desculpas serão tão menos medíocres e infantis assim como não foram os exemplos que usei no texto abaixo. A minha intenção aqui não é reexplicar quais foram os reais motivos que tive pra ter feito aquele texto. Quero oficialmente, explicitamente, destacavelmente dizer que não quis magoar nem ofender nenhum grupo dos quais eu citei. E se for necessário dizer, digo sem menor problema: não tenho qualquer aversão contra gays e negros. Há muitos gays e negros pelos quais eu tenho muita admiração, e foram eles me fizeram vir aqui mesmo que involuntariamente. Cá estou tirando um peso na consciência e espero mesmo tirar a imagem negativa que muitos, porventura, devem ter feito sobre mim.
Quero que esse texto seja apenas uma parte do que quero dizer. Quero que vocês vejam na prática se eu tenho essa capacidade medíocre de escrever algo que não diz respeito a mim ou se os meus textos não fazem parte do meu todo.

Agradeço a quem se dispôs a ler. Agradeço, sobretudo, a quem acreditou e a quem me ajudou a ter coragem de passar por cima de um orgulho panaca pra fazer nada mais que a minha obrigação: retificar-me e pedir perdão.

Liberdade para que te quero

Liberdade não costuma combinar com muitos verbos, apesar de cada um ter a liberdade de pô-la onde bem entender. Ela pode se encaixar perfeitamente ao lado do verbo gostar, mas é certeza de que ela ficaria mais enaltecida ao lado do desgostar. É. Eu tenho a grata felicidade de poder desgostar de quem e do que quiser. Tudo! Eu disse tudo, independente de cor, raça ou gênero. Ou eu, aqui, não posso dizer, mais, que não gosto de gays? É CLARO que eu posso. Mas ressalto que poder dizer não é algo dito. Assim como posso sem menor peso na consciência dizer que não gosto de negros. Eu tenho liberdade pra isso. Eu tenho, sobretudo, petulância pra dizer. O problema é que pessoas pensam que não gostar é ser homofóbico, é ser racista, é ser um panaca qualquer. Nunca! A não ser que não gostar e desrespeitar sejam as mesmas coisas. Mas eu, com a capacidade de ser Humano, sei que não é. E não é porque não gosto que tenho que desrespeitar. Tenho esse direito, até. Mas aí já entra em ordens de conduta que não tenho menor vontade de debater.
O que digo é: tenho o direito de desgostar e o dever de respeitar, porque respeito não é bom porque eu gosto. Respeito é bom porque é preciso. E gostar de ser respeitado é questão de quem tem esse poder.
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