É da outra que vos falo


O motivo pelo qual escrevo dessa vez é saudade. Mas não é aquela saudade fútil que sentimos rotineiramente.
Eu futilizei essa saudade (e não é a que eu quero encontrar), porque ela é pobre, tola. Medíocre. E quer saber? Dessa saudade eu cheio porque não faz doer.
Eu tenho um enorme desejo de passar por todos os sentimentos com a maior intensidade possível. Queria ter a sensação de não aguentar viver longe de alguém. É claro que sempre dá pra viver longe de alguém, ora. Porque apesar de longe de uns, ainda estamos perto de outros alguéns importantes. Além disso temos telefone, internet, correios em qualquer lugar. Se sentimos essa saudade tola que mencionei agora há pouco, é porque fazemos por merecer.
Queria ser pressionado a sentir essa saudade que verdadeiramente dói. Essa saudade sem válvula de escape, sabe? Não ter a dor que é "não-ter" é frustrante pra mim. Na verdade tudo se torna possivelmente frustrante quando não tenho o poder de mudar; o poder de ter por querer.

Já chega dessa saudade que consome por comodismo, por mimo. Eu quero mais. Eu quero ir a fundo. Eu quero verdadeiramente poder pedir socorro; pedir ajudar porque preciso mesmo, e não por ter preguiça de me salvar.
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